domingo, 11 de junho de 2017

“CALA BOCA JÁ MORREU, QUEM MANDA NA MINHA BOCA SOU EU”

Em outubro de 2016, a Presidente do STF, relembrando sua infância, proferiu esta frase se referindo ao direito da imprensa de repassar suas informações aos cidadãos, que envolvia o direito da população de ser informada sobre o teor de documentos oficiais.

Esta afirmação foi feita em resposta a uma jornalista que questionara a respeito das restrições que as vezes são impostas sob argumento de uma “necessidade de sigilo”. Mas proibições nunca impediram que houvessem vazamentos de informações de dezenas ou centenas de delações da Lava Jato, vindo à público de forma seletiva e propositadamente dirigida contra aqueles que eles queriam defenestrar. Ainda pior do que os vazamentos não autorizados é a não investigação ou não punição aos “vazadores”.

No Blog do Marcelo Auler, você pode acompanhar uma série de postagens sobre Grampos na PF e Grampos na Lava Jato.

O mais célebre caso foi aquela divulgação do grampo das conversas entre Dilma e Lula, divulgado pelo próprio Moro sem autorização Legal, que deveria ter sido encerrado, e ter sido destruída a parte que não era de interesse às investigações, principalmente por envolver um Presidente da República. Como pode ser visto aqui no post VAMOS FALAR SOBRE GRAMPOS.

Carmem Lúcia então justificou, defendendo a liberdade de expressão em um Seminário em SP: “não há democracia sem uma imprensa livre. Não há democracia sem liberdade. Ninguém é livre sem acesso às informações”. Chegou até a citar Fernando Sabino ao afirmar: “deixa o povo falar”.

Na contra mão de sua própria tese, a mesma Ministra resolveu colocar um véu de segredo sobre as 77 delações da Odebrecht, mas o país tinha o direito de ter acesso ao conteúdo das delações da Odebrecht, situação que foi posteriormente corrigida pelo Ministro Fachin, liberando o acesso ao conteúdo das delações, que também pode ser visto aqui, neste post do Estadão.

O Próprio Moro afirmou em um passado recente que: "A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras", mas a referida quebra de sigilo por parte do Moro, foi questionada por juristas, como pode ser visto aqui: Quebra de sigilo de Sérgio Moro é questionada por juristas.
Hoje nós estamos vendo o desdobramento do processo golpista que se instaurou no país e, que tem demonstrado um viés autoritário e com tendências de restrição de direitos e liberdades.

O atual Presidente está sendo alvo de investigações por parte da PGR e do STF, podendo até ser denunciado criminalmente. E tem respondido com um golpe baixo que é a possibilidade de utilização da arapongagem na espionagem contra o Ministro Fachin, que tem causado constrangimento e revolta, principalmente no próprio STF. Como pode ser visto aqui, aqui, e aqui, em uma reportagem do JN, sobre a publicação da Revista Veja.

Veja aqui, nestes vídeos do CANAL NOTÍCIAS COMENTADAS:



Neste caso, o STF tem se demonstrado essencialmente CORPORATIVISTA, saindo em defesa de seus pares. O mesmo não se deu na época da divulgação daqueles grampos contra LULA E DILMA, em que o STF claramente contribuiu com sua leniência e cumplicidade com o LEGISLATIVO GOLPISTA, ao permitir que o processo ocorresse sem nenhuma interferência institucional do Supremo, mesmo em casos gritantes de necessidade de intervenção. Como por exemplo o caso da necessidade de destituição de Cunha da Presidência da Câmara e uma posterior abertura de processo criminal (como já veio determinado pelo próprio Ministério Público da Suíça, que enviara os papéis com provas contra Cunha). Veja mais aqui.

Teori Zavascki insistiu e persistiu na afirmação da necessidade de se afastar e posteriormente prender Eduardo Cunha. Mas o fato só foi consumado depois de ratificado o afastamento por impeachment sem crime de responsabilidade ocorrido no Congresso. O que demonstra a cumplicidade do STF com o processo golpista.

A pá de cal do Judiciário se deu com esta última votação no TSE, o que demonstra como funciona a nossa Justiça, em que prevalece aquela frase atribuída a Maquiavel: “aos amigos os favores da Lei. Aos inimigos, a Lei”.

O Poder Judiciário de nosso país (em todas as suas instâncias e categorias - é um Poder hermético, sem fiscalização, mítico por natureza, cheio da utilização de uma verborragia jurídica incompreensível para a maioria das pessoas. São venias, para cá, data venias para lá, e data máxima venias para acolá, que acaba distanciando seus entes da maioria das pessoas. Sem falar de um quase endeusamento e de uma pseudo-aura de isonomia para fazer parecer que a Justiça é cega e pune qualquer um, da mesma forma, como se a Lei fosse igual para todos.

É um Poder altamente elitista, cheio de si, que vive em cima de um pedestal e altamente corporativista. Eu tenho dito faz tempo que se um dia jogarem luz sobre este obscuro Poder e abrirem a sua CAIXA PRETA, descobrirão que é um Poder corrupto em função da falta de transparência e fiscalização, submetido e aliado às elites, aos quais defendem por naturalmente pertencerem a ela e COMPROMETIDO COM A INJUSTIÇA. Hã? Comprometido com a INJUSTIÇA? Basta ver os acontecimentos em nosso país nos últimos anos, principalmente a persecução penal visando a estigmatização do PT, enquanto por outro lado o PSDB e seus aliados eram poupados de qualquer constrangimento. Chegando ao ponto de vermos o Judiciário VETANDO PERGUNTAS, MANDANDO COLOCAR TARJAS PRETAS SOBRE CERTOS NOMES, DESCARTANDO A INVESTIGAÇÃO SOBRE DETERMINADAS PESSOAS. Declarando que "isso não vem ao caso". etc.

O próprio Ministro Herman Benjamin, MANDOU COLOCAR UMA TARJA PRETA SOBRE O NOME DE AÉCIO NEVES, NOS TRECHOS DO DEPOIMENTO DE BENEDITO JÚNIOR, DA ODEBRECHT. Veja também neste VÍDEO. Outrora a mesma Justiça já mandara fazer o mesmo, COM O NOME DE JOSÉ SERRA, QUE APARECERA EM MENSAGENS NO CELULAR DE MARCELO ODEBRECHT. Neste arquivo AQUI(denominado Relatório de Análise de Polícia Judiciária nº 417) você pode ver o documento em questão, e testar para aferir a veracidade do fato. Basta procurar pelo nome Serra(CTRL + F), aparecerá uma tarja preta. Selecione-a, copie(CTRL + C) e cole(CTRL + V) em um editor de textos. Bingo!!!  Aparecerá o nome de Serra.

O Juiz Moro blindou Temer, ao VETAR PERGUNTAS DE EDUARDO CUNHA PARA ELE.
Cumpre observar, neste caso da processo de cassação da chapa, que só não houve cassação porque na realidade a chapa se transformou em TEMER/TEMER. Se não houvesse o impeachment, o resultado desta votação seria outro.

Mas uma coisa devemos considerar como fato verídico: ESTE MODELO DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS foi utilizado por TODOS os candidatos em TODAS as chapas. Portanto, se houvesse a consolidação da cassação desta chapa por conta de tais práticas, haveria uma contestação jurídica de diversas outras chapas vitoriosas em 2014, em função disso.

Veja aqui neste vídeo do CANAL NOTÍCIAS COMENTADAS:





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