segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A MENTIRA VENCERÁ A VERDADE? DEPENDE DE VOCÊ.


Algumas pessoas podem até não gostar, achar chato, cansativo esta chuva de informações e contrainformações que diariamente são divulgadas na mídia e na INTERNET. Mas uma coisa precisamos observar: As "DENÚNCIAS" contra a turma do PSDB são estrategicamente deixadas de lado. As "denúncias" contra a turma do PT, causam um barulho tremendo. Ora por alguns, que são desejosos por ver o ocaso de uma política includente, ora por outros saudosos de mamar nas tetas do Estado, ou pela ânsia de retornar ao Poder a qualquer custo e, aí sim retornar às políticas NEOLIBERAIS. 
Travam uma batalha suja. Tentam mostrar a campanha, como um programa de TV onde a audiência é a mais importante meta, para assim trazer os anunciantes. Mostram um candidato absolutamente pasteurizado, sem falhas, sem escorregões para tentar ganhar audiência. Quando a pergunta é desconcertante (muitas vezes somente é feita porque não tem como não fazer) ele, ou se furta de responder, ou responde com outra pergunta que desvia do assunto. O entrevistador, por sua vez não insiste na pergunta feita.

Quando a informação prejudica o adversário, ESTRATÉGICAMENTE a notícia é dada como se fosse algo aterrador, a fim de levantar aquele ohhhhhhhhhhhhhhh, das pessoas. E olha que neste quesito eles até conseguem aumentar um pouco a audiência, pois tem gente que acaba achando que é isso mesmo. Já ouvi as mais estapafúrdias  declarações de gente que não entende nada do que está acontecendo, mas se vê forçado a ter uma posição, pois tem que escolher entre um e outro.  Enquanto isso, do lado da candidata do Governo, parece haver uma certa dose de, digamos, “inocência”, ao achar que podem ganhar um jogo deste tipo apenas com campanha propositiva e demonstrativa. Pois do lado de lá estão setores PODEROSOS com claros interesses em retornar ao centro de poder. Entidades reacionárias, ultradireitistas, fundamentalistas. Ou seja, vocês até podem não ter percebido, mas ele acabou vendendo a sua alma com o intuito único de chegar ao cargo máximo da nação.

O jogo está sujo demais. Eles não têm escrúpulos ao travar uma batalha deste tipo. No asfalto, no palanque, no estúdio, aparece um candidato “bonzinho”, “do bem”, “cheio de boas intenções para o país e seu patrimônio”, mas nos subterrâneos, nas coxas, sob os andaimes,  trava uma guerra suja, infame.  Mostram um candidato “bonzinho”, “limpo”, “honesto”, mas que no fundo não tem escrúpulos em seu projeto pessoal de poder, mesmo quando o adversário é de seu próprio partido

 As informações que são mostradas não são vídeos e/ou áudios editados, não são factóides, nem mesmo boatos lançados contra uma candidatura sem nenhum embasamento com uma única intenção: colar na adversária. As informações são vídeos, gravações, documentos obtidos por corajosos brasileiros que ousam buscar a verdade, são pessoas abnegadas que não tem medo de ver seus nomes e nem suas reputações destruídas por causa destas investigações. Eu sempre digo que “a reputação de alguém é como um prédio. Demora um bom tempo para ser construído, mas para ser destruído bastam alguns segundos”.

Pois então estes homens e mulheres estão aí, trabalhando dentro de uma linha de independência, se dedicando para mostrar que existem falhas tanto de um lado quanto de outro. O mais agravante é que as falhas do lado do GOVERNO DO PT, E DO PRESIDENTE LULA são implacavelmente divulgadas pela GRANDE IMPRENSA(muitas dessas falhas vem de denúncias que são jogadas para colar no adversário). Mas quando o assunto é a divulgação de fatos ocorridos do lado de lá, meu DEUS, parece que eles não tem a mesma vontade de divulgar, ou mesmo levar a fundo as investigações.

Esta noite eu tive um sonho. Sonhei que estava estampado em letras garrafais no JORNAL O GLOBO, sonhei que uma nota teria sido divulgada no JN em que eles faziam uma “errata” pedindo desculpas pelo “engano”, por terem sido ludibriados por alguém ao divulgar uma notícia tão absurdamente caluniosa e mentirosa, principalmente uma empresa como a REDE GLOBO(cujo direito de transmissão é uma concessão do Estado), que foi o episodio do rolo de fita crepe. E junto outros jornais e telejornais divulgariam lado a lado “denúncias” de um lado, e de outro. Ou seja, os caras do lado de lá estão longe, muito longe de serem santos. Querem falar do rasgo na calça do PT, mas escondem (e a imprensa não divulga), o ROMBO em suas calças.

Gente, a coisa para mim é grave. Quando a busca de poder alcança níveis tão baixos eu fico muito preocupado. Quando não existem escrúpulos para o alcance de um objetivo temos a obrigação de questionar o que viria depois. Querem ver um exemplo: “há alguns anos, foi noticiado na imprensa, o caso de uma candidata a uma vaga em uma empresa, que para eliminar a outra postulante ao cargo nesta mesma empresa, decidiu que a melhor coisa a ser feito seria a de “matar” a adversária. E, matou-a. Se você trabalhasse nesta mesma empresa, confiaria em ver sentada em uma cadeira, trabalhando todos os dias dentro de sua empresa, alguém com uma faceta desta? Ainda bem que o ardil foi descoberto a tempo, e ela foi detida e presa”.

Pois é, creio que ainda existe tempo de evitarmos um mal maior. O mal pode até vir, mas creio que seria bem menor do que o mal que viria do outro lado. Ainda dá tempo de desmontarmos o esquema do adversário que já está todo engatilhado. A bala de prata seria disparada em 1º de Janeiro de 2011. Quem seria atingido: O BRASIL. Quero deixar isso registrado a partir desta data. Se eu estiver enganado, serei o primeiro a vir aqui pedindo desculpas pelo JUIZO ERRADO DE VALOR que emiti contra o lado de lá. Quem me conhece sabe que eu faria.

Não sou ninguém, sou apenas um simples brasileiro, pai de família, que trabalha muito para sustentar sua família. Que vê muita gente ganhando dinheiro fácil. E se vê muitas vezes obrigado a ter uma dupla, ou tripla jornada, trabalhando quase todos os dias para alcançar os resultados em sua vida. Sou apenas um brasileiro que sofreu muito nos anos de 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002. E que ao ver a esperança vencer o medo no final de 2002, pode voltar a ter esperança. Desde então, minha vida, minhas finanças, melhoraram. Trabalho muito é claro, mas hoje consigo ver frutos.

Minha esperança hoje é que a MENTIRA NÃO PREVALEÇA, É VER A VERDADE VENCENDO A MENTIRA.

Muito obrigado a você que conseguiu chegar até aqui na leitura.

domingo, 24 de outubro de 2010

Globo denuncia abuso dos pedágios de Serra, que mostra sua verdadeira cara

PEDAGIÔMETRO DE SÃO PAULO

Link que lhe conduzirá ao site que mostra a valor arrecadado pelos pedágios no Estado de São Paulo:
http://pedagiometro.com.br/

Vídeo demonstrando o abuso dos pedágios cobrados no Governo do Estado de São Paulo em mais uma incompleta gestão de José Serra.

O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, discute com o repórter Heródoto Barbeiro durante o programa Roda Viva, da TVE. O assunto era sobre os preços abusivos e a enorme quantidade de pedágios no Estado de São Paulo. Na discussão, Serra defendeu os pedágios e disse que não são caros.

Porém, em seguida o vídeo exibe uma reportagem da EPTV (Rede Globo) que mostra de maneira icontestável os abusivos valores dos pedágios cobrados no Estado de São Paulo e também o desenfreado número de praças de cobrança que se proliferam no Estado igual praga. A cada ano, surgem em média cerca de 9 (nove) novas praças de pedágio só em São Paulo. É como se a cada 40 dias brotasse uma nova praça de pedágio para infernizar a vida dos motoristas.

Ao final da reportagem, são mostrados dados assustadores que mostram como os pedágios abusivos afetam o bolso de toda a população, mesmo aquelas pessoas que não viajam.

Corrupção da imprensa Serra & Tv Globo

sábado, 23 de outubro de 2010

Bolinhagate - Edição do Jornal Nacional




SE VOCÊ TINHA DÚVIDAS SOBRE A POSTURA DO CANDIDATO,
SE VOCÊ TINHA DÚVIDAS SE VOTARIA OU NÃO NELE,
SE VOCÊ , DENTRO DE SEU ÍNTIMO PERCEBIA HAVER "ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA",
ENTÃO VEJA ESSE VÍDEO E TIRE SUAS CONCLUSÕES.

Esse vídeo é uma análise do processo utilizado pelo Jornal Nacional da TV Globo na edição do vídeo onde um suposto objeto atinge a cabeça do candidato a presidência José Serra em campanha no Rio de Janeiro.

O texto no vídeo não foi revisado. Desculpem por eventuais erros de português.

Faça o download do arquivo em alta resolução nesse link:
http://rapidshare.com/files/426569658...

domingo, 17 de outubro de 2010

PANFLETAGEM CONTRA DILMA - QUEM ESTÁ POR TRÁS? A IGREJA? OU O PS(SS)DB?

Abaixo o link extraido do SITE ESCRIVINHADOR, onde mostra uma das origens da falsa boataria que tem sido espalhada por aí.
É triste ver uma campanha que poderia ter uma qualidade maior, ser arrastada para o ralo justamente por um Partido que foi criado(através de uma dissidência do PMDB), para modernizar a ação dos partidos políticos no país. Esse mesmo partido(PSDB) visando ganhar uma eleição tem utilizado dos meios mais infames, tem se unido ao que há de mais reacionário na política brasileira(http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/06/serra-se-alia-a-extrema-direita-so-falta-o-ccc/). Neste momento, creio que devamos ligar o sinal de alerta, pois se hoje isso acontece com um(a) adversário(a) político(a) em uma disputa eleitoral, amanhã pode ser ou comigo, ou com você.
Esse é o site mostrando de onde partiram as encomendas panfletárias:
http://www.rodrigovianna.com.br/geral/exclusivo-dona-da-grafica-e-do-psdb.html#more-4436
Serra outrora quis cobrar Impostos das Igrejas: vejam a resposta do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns na época: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/10/14/serra-quis-cobrar-imposto-de-igreja-d-paulo-chamou-ele-de-neoliberal/
Veja um trecho do Filme Dúvida, onde um padre admoesta uma fiel que havia cometido um pecado de falso testemunho contra um vizinho. Ele manda ela, como penitência subir na laje de sua casa com um travesseiro e uma faca, cortá-lo todo e depois voltar para falar com ele. Ela voltou. E o Padre perguntou se ela havia destruído o travesseiro com a faca. Ela disse que sim. Ele perguntou qual havia sido o resultado.Ele disse penas. Penas para todo o lado. Ele mandou que ela voltasse lá e recolhesse as penas do travesseiro. Ela disse que seria impossível, pois o vento espalhou todas as penas. Ele concluiu: assim é a maledicência.  Justamente a consequência de nossa língua espalhando mentiras, fofocas e comentários maledicentes é isso. Ela se espalha e cola facilmente no corpo da vítima em questão. Desfazer os efeitos disso às vezes leva tempo. Uma vez eu disse para meu filho mais velho que reputação é como um prédio. Leva as vezes anos para ser construído, mas para sua destruição, bastam alguns segundos.
http://www.conversaafiada.com.br/video/2010/10/06/video-para-assistir-na-igreja-o-pecado-do-falso-testemunho/
Outro trecho onde a Sra. Mônica Serra admite ter praticado um aborto em um momento(provavelmente difícil) de sua vida. Mas o fez.
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2010/10/constrangedor-dois-momentos-na-vida-de.html

Aqui, em uma entrevista ao Terra, a ex-candidata Marina Silva, declara que apoiaria Dilma. Declaração essa que foi censurada pelo pessoal do Terra.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/14/marina-diz-que-vai-votar-na-dilma-mas-o-terra-censura-o-terra/

Vivemos em um Estado Laico, e Democrático. Há muitos anos atrás, a IGREJA CATÓLICA abraçou a causa da Teologia da Libertação(cujo maior expoente foi o Frei Leonardo Boff), que dentre outras coisas pregava que   não adiantaria salvar a alma, se o corpo padecesse, ou seja, a Igreja era uma crítica contumaz à condenação de seu povo a viver na pobreza, pois antigamente a Igreja pregava que o sofrimento aproximava o homem de Deus(isso também acontece). Mas a mensagem subliminar contida nesta frase demonstrava que o Povo de Deus deveria se contentar com a vida dura que levava, pois isso lhe traria a Redenção. A Teologia pregava que o povo merecia coisa melhor: melhor salário, melhor moradia, acesso à saúde, à educação, etc.

Os ideários da Teologia da Libertação(que deu origem a muitos movimentos sociais) se atrelaram vivamente aos ritos das Missas Católicas. Contra os efeitos da ação da Teologia o Poder outrora existente, investiu pesadamente na criação das Igrejas PENTECOSTAIS. Nessas Igrejas o que se buscava era um "anestesiamento" dos fiéis através de uma pregação muito bonita, com muita música, muito efeito visual e sonoro. Quase um show. Um segmento desse povo sofrido, achou melhor esse anestesiamento. Houve um grande esvaziamento na Igreja Católica, cuja consequência foram duas: a condenação do Frei Leonardo Boff ao voto de silêncio, pela Congregação para a Doutrina da Fé, presidida por Joseph Ratzinger, o atual Papa Bento XVI, e a mudança das celebrações católicas, que passou a assumir em seus ritos ações muito parecidas com ritos dos chamados Evangélicos, esse conjunto de ações passou a chamar-se CARISMAS. Os Carismáticos a partir daí passaram a dominar a Igreja Católica na AL.

Mas voltando ao momento atual. A Igreja hoje, resolver enveredar na política novamente. Só que de uma forma muito diferente àquela da Teologia da Libertação. Através de atitudes reacionárias. Acho que a questão do aborto é muito mais complexa do que isso que estão apresentando. Estão querendo reduzir o problema apenas aos seus efeitos, mas em nenhum momento as causas tem sido discutidas: o crescente apelo sexual pregado principalmente na grande mídia, a sexualidade precoce, principalmente nas meninas(tem muitas mães que acham lindo ver suas filhas bonitinhas, arrumadinhas com roupinhas parecendo uma mini mulher, com maquiagem, etc). Não entendem que isso, ao lado da maciça propaganda, escrita, falada e televisiva onde a sensualidade fica como marca, leva ao atual estado de coisas, pois os índices de prática de aborto são altíssimos.

Acho que o debate deveria ser centrado não na proibição ou permissão do aborto de forma Legal. Hoje ele já é muito praticado de forma (i)legal. Os Governos em todos os níveis deveriam trabalhar visando alertar, educar, mostrar que moral não é freio, é direção. Os jovens podem e dever ter alternativa. Mas falar sobre isso dentro do seio das IGREJAS é sacrilégio. Falar sobre qualquer tipo de contracepção(e o aborto infelizmente é um deles) é tabu. Da parte dos veículos de comunicação acho que deveria haver uma auto-censura na hora de lançar temas que atentem contra a unidade familiar. E não é apenas a questão de aborto que está em jogo. Falo de homosexualismo tanto feminino quanto masculino. Violência, malandragem, filhos contra pais, pais contra filhos, irmão contra irmão, infidelidade, busca de vantagens a qualquer custo(hoje nem gosto mais de assistir as telenovelas). Alegam que é o que se vê por aí. Alegam que a arte imita a vida. Mas não consideram que com isso tudo, a vida começa a imitar a arte. Quem já não se flagrou pronunciando os famosos "bordões" das novelas?

Acho também que as Igrejas deveriam se preocupar muito mais com o que acontece dentro de seus próprios portões(na Católica um progressivo aumento de casos de pedofilia, de Padres e Freiras se relacionando entre si, ou com fiéis. De Diáconos que mais parecem homosexuais enrustidos. Nas Evangélicas as sucessivas denúncias contra Bispos e Pastores principalmente no que se refere a enriquecimento ilícito ou desvio de verbas e apropriação de bens dos obreiros). Sou católico por Batismo e formação. Mas acima de tudo, sou Cristão, e acho que a Igreja não é de Papas, Bispos, Padres, Pastores, etc. A Igreja é do Povo de Deus. Povo esse que tem sido enganado há Séculos por lideranças cegas que mais estão preocupadas com seu favorecimento do que com a salvação(seja física, ou espiritual) de seu povo(mais parecem fariseus). Existem dirigentes preocupados com tudo isso, mas sua voz não tem vez. O povo quer mais. O povo quer participar não apenas ser ovelhas ou mesmo gado marcado.

Conversando com um amigo que é Cristão Evangélico fui informado que em sua Igreja existe sim, uma orientação. A informação existe em qualquer lugar, para qualquer um(principalmente com a universalização da INTERNET). Mas então por que mesmo com tanta informação os jovens(e também adultos, pois isso não se restringe aos jovens e adolescentes), a coisa não regride? E a gravidez não é apenas a principal consequência de tudo isso. Temos outros fatores tão sérios quanto: DSTs, AIDS, etc. Acho que era hora de vermos os opiniões dos profissionais de saúde sobre todos estes casos.

Peço perdão a Deus e aos meus irmãos por qualquer ofensa que eu possa ter proferido tanto contra Ele, como contra vocês. Tenho muitos amigos Católicos, como amigos Evangélicos. Sei que o importante é a fé de cada um, independente do que façam seus Dirigentes. Mas sei também que um ônibus dirigido por um motorista cego não fica no Caminho.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

45 ESCÂNDALOS QUE MARCARAM O GOVERNO FHC - E SERRA NO MEIO.

O Brasil não esquecerá 
http://www.consciencia.net/corrupcao/documentos/fhc-45escandalos.html
45 escândalos que marcaram o governo FHC
O documento "O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC", de julho de 2002, é um trabalho da Liderança do PT na Câmara Federal de Deputados. O objetivo do levantamento de ações e omissões dos últimos sete anos e meio do governo FHC, segundo o então líder do PT, deputado João Paulo (SP), não é fazer denúncia, chantagem ou ataque. "Estamos fazendo um balanço ético para que a avaliação da sociedade não se restrinja às questões econômicas", argumentou. Entres os 45 pontos estão os casos Sudam, Sivam, Proer, caixa-dois de campanhas, TRT paulista, calote no Fundef, mudanças na CLT, intervenção na Previ e erros do Banco Central. A intenção da Revista Consciência.Net em divulgar tal documento não é apagar ou minimizar os erros do governo que se seguiu, mas urge deixar este passado obscuro bem registrado. Leia a seguir:

Itinerário de um desastre
Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixará uma pesada herança para seu sucessor.
A taxa média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Esse ano, para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está sendo financiada pelo povo.
O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo FHC e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando-se de rachas na base governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos interesses do povo.
Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.
Deputado João Paulo Cunha 
Líder do PT 
 

1 - Conivência com a corrupção
O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.
2 - O escândalo do Sivam
O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
3 - A farra do Proer
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.
4 - Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
5 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador JOSÉ SERRA e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
6 - A emenda da reeleição
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
7 - Grampos telefônicos
Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
8 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
9 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
10 - O "caladão"
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.
11 - Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
12 - O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.
13 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
14 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.
15 - O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, é um dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.
17 - Drible na reforma tributária
O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.
18 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.
19 - Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
20 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
21 - Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. O PT participou ativamente das negociações que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o uso de MPs.
22 - Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
23 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
24 - Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25 – Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a 8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 - Arapongagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.
27 - O esquema do FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.
28 - Mudanças na CLT
A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social.
29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
30 - Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. Hoje, a dívida já equivale a preocupantes 54,5% do PIB.
31 - Avanço da dengue
A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro JOSÉ SERRA demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
32 – Verbas do BNDES
Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
33 - Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12 meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.
34 – Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de JOSÉ SERRA e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.
35 - Racionamento de energia
A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.
36 - Assalto ao bolso do consumidor
FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.
37 – Explosão da violência
O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 – A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
39 - Subserviência internacional
A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.
40 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.
41 - Relações perigosas
Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano JOSÉ SERRA com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.
42 – Violação aos direitos humanos
Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.
43 – Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.
44 – Intervenção na Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – tem sido o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de JOSÉ SERRA, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições. 

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